Na última sexta-feira (24/06), por uma vantagem apertada, a população do
Reino Unido votou para que a nação saísse da União Europeia em um prazo de dois
anos. A votação acabou surpreendendo a
todos os lados – tal insatisfação fez determinado grupo pedir um novo
referente, que até o momento foram coletadas 3 milhões de assinaturas.
O resultado acabou desagradando os mais jovens , assim como
os imigrantes europeus. Os idosos inclusive chegaram a ser chamados de
traidores. Imigrantes como poloneses e
outras identidades da Europa Oriental – recém ingressos na União Europeu,
começam a procurar outras nações do bloco para trabalharem.
Confiantes na vitória do sim, as ações das bolsas europeias
despencaram assim que o resultado foi divulgado, que também culminou com a
renúncia do primeiro-ministro David Cameron. Nações integrantes do Reino Unido
como Escócia – que fez um referendo para se separar da Grã Bretanha em 2015, e
Irlanda do Norte, voltaram a sonhar com a possibilidade de se separar de
Londres.
Apelidado de Brexit
(saída da Grã Bretanha, em inglês), o referendo pode dar à luz coisas
parecidas na União Europeia. Marine Le Pen, uma das favoritas à corrida
presidencial francesa de 2017, afirma que caso ganhar a campanha vai propor um
referendo sobre a saída da França.
A saída pode prejudicar boa parte dos britânicos, causando
uma queda do PIB de 5% e um grande aumento da taxa de desemprego, uma das mais estáveis
do continente.
Terra natal do liberalismo e da Primeira Revolução
Industrial, os habitantes da Inglaterra nunca se sentiram inteiramente
europeus. Separada pelo canal do Mancha, a Inglaterra foi o berço da literatura
ocidental , quando William Shakespeare começou a escrever peças de teatros como
Rei Lear e Romeu e Julieta – base da cultura contemporânea. No início dos anos 2000, a nação não quis
aderir ao euro.
Junto com os Estados Unidos, a Terra da Rainha é berço de
grandes ídolos da indústria cultural. Produtos como O Senhor dos Aneis, Harry
Potter, Sherlock Homes e outros foram criados lá. O que dizer de ídolos da
música como Beatles, Queen, George Michael? Mesma coisa para grandes nomes da
atualidade como Adele, One Direction, James Bay, Ed Sheeran entre outros.
Saindo ou não da União Europeia, o Reino Unido vai
sobreviver perante a algumas incertezas. Mas provavelmente não vai ser a nação
que conhecemos hoje, pois o resultado mostrou que o país de Elizabeth I não é
tão unido assim: o resultado do referendo fala por si só.